segunda-feira, 20 de abril de 2009

Imperio do Silencio..




O Império do Silêncio!

Mímica é um delicioso jeito de contar histórias utilizando elementos que preenchem a cena com harmonia e irreverência. Antonin Artaud, Bob Wilson, Gerald Thomas, Antunes Filho e outros grandes encenadores modernos, por não subestimarem a mímica como parte de suas linguagens, tornaram-se arautos do teatro moderno, respeitados e imitados por muitos fãs no mundo inteiro.

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O segredo desses mestres, foi a revolução que buscaram fazer no corpo do ator, respeitando principalmente sua gestualidade. Quando o gesto do ator é cuidadoso, seu trabalho ganha força nos palcos.

Na década de 90 sente-se no ar que algo está para acontecer na arte do gesto. A maioria dos mímicos que vieram no rastro de Marcel Marceau sentem a necessidade de se reciclarem e estão descobrindo a complexidade desta arte que, paradoxalmente, é amiga íntima da simplicidade!

O panorama confuso que paira sobre nós é notório como em todas as profissões, a revolução da "era da informática" desmistificou a imagem do mestre como o provedor de todo conhecimento. Está claro que só é mestre quem sabe que não sabe o suficiente e precisa aprender mais. O maior exemplo disso é o incansável Etiénne Decroux, que viveu 92 anos pesquisando a mímica e deixou o embrião de uma arte que ainda tem muito que amadurecer.

Diante deste emaranhado de idéias e especulações que surgem na "nossa arte" do gesto só é possível concluir que: os atores gestuais, sejam eles mímicos, clowns, brincantes, essenciais, atores de máscaras e outros gêneros são, na verdade, a gênese de um novo tempo, de uma outra forma de teatro que não será mais o império do silêncio, tão pouco, o da palavra.

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